3° DIA - *TANZÂNIA - ZANZIBAR: Conhecendo de perto a cultura local*

01/10

Viajando, o dia sempre tem que começar cedo!

Cada minuto é muito precioso quando estamos em um paraíso desses..

Pulamos da cama antes das 7 horas da manhã e fomos tomar café.. um salão suspenso, com muita variedade de comida, pães, frutas, sucos, geleias, patês, bolos..

Realmente uma fartura do nível do resort.. comemos bem e decidimos ficar no hotel para aproveitar o dia..

Fomos pra praia e ficamos observando todas aquelas pessoas passando.. Roupas diferentes, costumes diferentes.. Tudo muito interessante!
Ainda estávamos nos acostumando com todo aquele ambiente..
Tudo era demais e cada detalhe nos fazia ficar ainda mais curiosos..

Vimos os meninos locais jogando futebol de areia..

Pareciam se divertir como nós, que somos loucos por esse esporte!

Gritavam, se esforçavam para não deixar a bola sair pela lateral e entrar no mar..

Andamos de caiaque por mais de uma hora..

Aquela água cristalina, com vários tons de verde nos deixavam maravilhados..

E o conjunto da aquarela com o azul do céu, o amarelo do caiaque e o verde do mar davam um cenário perfeito para as fotos..

Ficamos maravilhados com aquele lugar!
Era tudo muito lindo.. pra qualquer lado que virasse, a foto ficava perfeita sem esforço!

As paisagens eram perfeitas!
Quase impossível acreditar que aquele lugar realmente existia..
Aquele mar era inacreditável.. e o fato do hotel estar na areia da praia, fazia com que nos sentíssemos no melhor lugar do mundo mesmo..
Como dava pra ter vontade de sair do hotel pra conhecer a ilha sabendo que já tínhamos tudo ali?
Mal sabíamos o que estaria por vir nos dias seguintes..

E, claro! Aproveitamos aquela piscina maravilhosa que nos encheu os olhos no dia anterior..

Uma delícia de manhã! :D

Conversamos com alguns locais na praia.. eles vendiam artesanato e roupas típicas..

Além de fazerem tatuagens e oferecer o serviço de guia..

Compramos uma plaquinha de madeira para levar de recordação:

"Mariana & Tiago

Hakuna Matata

Zanzibar 2013"

A tarde decidimos ir conhecer a vila que ficava perto do hotel para ter um contato maior com aquela cultura que nos parecia tão diferente e interessante..

Fomos com um menino de 20 anos que trabalhava no hotel e fazia esse tipo de passeio com os hóspedes..

Uma meia hora caminhando pela areia da praia até que vimos algumas casinhas feitas de madeira, folha de palmeira ou pedra..

Uma vila com pouco mais de 200 pessoas. Extremamente simples.

Víamos crianças correndo e brincando descalças e, sempre que nos viam, ficavam curiosas e queriam se aproximar.. as mães, por sua vez, sempre gritavam no dialeto local para que voltassem para perto delas.

Acredito que a história do homem branco explorando os negros com maldade deixou seqüelas grandes, principalmente nesses povoados menores, onde a informação ainda é muito precária.

Mas por uma ou duas vezes, as crianças chegaram bem próximas e nos deram as mãos para passear..

Que delícia ver o sorriso daquelas crianças! Já valeria o passeio..

Obviamente não tinham água encanada, então toda a água era coletada de poços.. vimos uns 2 ou 3 espalhados pela vila..

O guia nos disse que poderíamos tirar fotos somente das construções, cenários, natureza,.. mas que não podíamos tirar foto de ninguém sem pedir autorização!

Perguntei o motivo, e ele me explicou que na época da escravidão, os brancos iam pra lá, tiravam fotos das pessoas e voltavam para suas terras.. como se fizessem um catálogo com todas as pessoas de uma região..

Os donos de terra, usando essas fotos, decidiam quem seria escravizado e quem deveria ser morto..

E assim o faziam!

E desde então eles não lidam bem com fotos.. a experiência não é boa!

A imagem que eles têm dos brancos ainda é muito ruim.. principalmente os mais velhos.. que, de uma maneira ou de outra, viveram isso na pele!

Visitamos a escola, o hospital, o campo de futebol (onde estava tendo um campeonato da vila), as construções, a igreja e o mercado de peixe, onde acontece todo o comércio da vila...

 

Tudo ainda muito precário.. pouca higiene e nenhuma estrutura básica.

Você realmente fica com vontade de ser rico e poder ajudar aquelas pessoas.. e é inevitável a reflexão, quase que automática, de analisar a vida que se tem e o quanto colocamos dificuldades no nosso dia a dia..

Dificuldades ridículas e mesquinhas, dentro do nosso egoísmo natural de ser humano.

O hospital sobrevive de doações dos turistas que vão conhecer a vila.. o governo não contribui com nada..

Nos disseram que todo o investimento do governo é feito no centro da ilha, em Stone Town.. as regiões mais afastadas precisam encontrar outro jeito de sobreviver..

Ajudamos a vila com uma quantia razoável e nos sentimos parte do grupo que faz algo por aquelas pessoas que tanto precisam de ajuda..
Uma sensação tão gostosa.. uma experiência simplesmente indescritível.. DEMAIS!

Compramos uma camisa do time de futebol de Zanzibar para eternizar esse momento tão especial..

A noite tivemos um jantar especial que o hotel preparou por estarmos em lua de mel..

Um jantar a luz de velas, em um local mais afastado.. pertinho do mar..

Que coisa linda!

Uma sopa de entrada (que deixou a noite mais quente.. rs!! Como era picante! Meu Deus!), salada, batatas com um molho de alho MARAVILHOSO e lagostas! Acompanhadas por um bom champagne local.. E aquele Petit Gateaut PERFEITO! O melhor que já comi na minha vida..

Que jantar especial!

Como todos os dias, no jantar havia uma apresentação cultural.. típica da Tanzânia.

Nesse dia tivemos uma apresentação de circo: contorcionistas, equilibristas e um cara dançando com uma serpente.. incrível e assustador ao mesmo tempo!

Um jantar, no mínimo, diferente e interessante! Demais!

Hoje tivemos o maior contato com a cultura local desde que saímos do Brasil..

Muito interessante, muito aprendizado.. um dia simplesmente INESQUECÍVEL!

=)

1° e 2° DIA - *TANZÂNIA - ZANZIBAR: A viagem de ida e o primeiro contato com a África*

29 e 30/09

E depois de um DIA INESQUECÍVEL se inicia uma nova etapa em nossas vidas, um novo tempo, uma nova vida.

Tempo de ser feliz, tempo de novos horizontes, novos sonhos..

E nada melhor do que uma bela viagem para iniciar essa nova etapa:
EXPEDIÇÃO ÁFRICA!

Um rápido banho após o casamento e já saímos rumo ao aeroporto.

Nossas bagagens para um mês eram: duas malas de roupa, uma com os equipamentos de mergulho e a mochila com todos os eletrônicos, documentos e comidas para eventual necessidade.. rs

Saímos do Brasil à 01:15 da manhã do domingo (29/09).

A viagem de ida no total durou mais de 27 horas.. com direito a 3 vôos, escala no Togo para abastecimento, conexão em Addis Ababa (Etiópia), um ferry boat e um táxi..

No aeroporto da Etiópia, o primeiro contato com o povo africano.

Um aeroporto todo pequenininho, desajeitado e sem nenhum serviço devido ao horário.. 

Um fumódromo dentro do mesmo salão.. como se fosse uma daquelas cabines telefônicas, só que grande.. coisa estranha!

Todos negros, roupas diferentes.. nos olhavam como se estivéssemos mesmo fora do contexto com essas roupas ocidentais, tênis colorido, olhos e cabelos claros...

De cara já fomos barrados no raio-x e descobrimos que no dialeto da Etiópia "otcho" era relógio.. rs!

Alguns funcionários do aeroporto não eram nada amigáveis.. uma recepção um tanto quanto tensa.

Seguimos viagem para Dar es Salaam (Tanzânia).

Assim que chegamos no aeroporto já passamos pela imigração para fazer todo o trâmite dos vistos..

Foram US$ 50 e um formulário para cada um.. nenhuma documentação que havia no site da embaixada foi solicitada.. só para perdermos tempo mesmo.. rs!

Depois de uns 15 minutos já pudemos entrar no país..

Agradecemos à Deus por nossas bagagens terem chego todas e inteiras!
Nunca se sabe o que esperar de uma viagem para a África, né?

Sensacional!

No aeroporto de Dar es Salaam, às 2 da manhã, cansados pela longa viagem, pegamos nossas malas, passamos no raio-x e assim que atravessamos a porta de saída, a surpresa: um aeroporto minúsculo sem nenhuma loja ou restaurante aberto, bem escuro.. mais parecia uma rodoviária de cidade pequena.. um susto para quem precisaria esperar por várias horas até o próximo transporte.

Fomos cercados por nativos com roupas bem características nos oferecendo "ajuda" e transporte.

De cara ficamos um pouco assustados com a recepção, mas como de costume em nossas vidas, nossa energia muito boa nos fez encontrar um senhor chamado Hassan, com uma roupa e um "chapéu" bem característico para ser nosso anjo da guarda.

Ele foi super simpático, viu que estávamos um tanto quanto assustados e nos deu bastante informações, o que nos deixou mais calmos.

Tínhamos que esperar por mais de 3 horas até o nosso próximo transporte.. um ferry boat do continente para a ilha que ficaríamos os próximos dias: ZANZIBAR.

Então sentamos naqueles bancos de madeira do aeroporto para esperar amanhecer e aguardar atée a hora que tínhamos combinado com o Hassan.

Durante a espera, já percebemos que o povo daqui também não sabe lidar bem com a morte.. uma mulher em prantos sentada perto de nós foi a nossa "companhia".. o que nos ajudou a não dormir.. tínhamos que cuidar das malas.

Às 5 da manhã, o Hassan nos buscou para nos levar até o ferry boat.

De cara a surpresa com a mão invertida utilizada aqui: a mão inglesa.. o motorista do lado direito do carro e sempre dirigindo pelo lado esquerdo da pista.
No começo é aquela agonia.. parece que toda hora vai bater..
Quando chega a rotatório então.. rs!

No trajeto para o ferry, Hassan voluntariamente desviou do caminho para nos mostrar alguns pontos da capital: hotéis, faculdades, hospitais, grandes avenidas,..

Quando chegamos no ferry, a surpresa de um lugar extremamente feio: uma rua de paralelepípedos a beira da avenida, totalmente escura com dezenas de pessoas locais vendendo bilhete e oferecendo serviços.. um lugar bastante assustador para dois turistas perdidos com as malas tendo que esperar por 1 hora e meia..

Novamente o Hassan gentilmente nos ajudou.. ficamos no carro conversando com ele por uns 40 minutos até amanhecer e abrir a bilheteria..

Durante a conversa, pudemos conhecer um pouco mais da sua história.. um homem vivido, de expressão forte devido a sua luta diária para trabalhar e sustentar sua família de 8 filhos. Ele dizia da importância da educação e das difculdades encontradas para se ter um ensino de qualidade no país.

Comentamos sobre a nossa situação no Brasil, falando sobre a corrupção e quantidade de impostos pagos para receber os maus serviços públicos que são oferecidos (saúde, transporte, educação, segurança,..).

Ele nos comentou que na Tanzânia era igualzinho: muita corrupção e impostos sem retorno para o povo.

Às 6:30 nos despedimos dele e entramos na bilheteria para comprar as passagens.. depois de muita mímica, conseguimos!

O atendente não falava inglês.. que beleza!

Durante a espera, nos informaram que com a passagem, tínhamos direito a um "café-da-manhã".. um pão e um copo de água fervendo para preparar um chá ou café.. preferimos ficar só no pão puro mesmo.. rs!

Pegamos a embarcação na classe executiva e partimos rumo a Zanzibar, nosso destino final.

A balsa era excelente.. e a classe executiva extremamente confortável.. uma surpresa depois do que tínhamos vivido por ali..

O trajeto de 2 horas serviu para descansamos um pouco.. era uma manhã nublada e não havia muita beleza natural para ser apreciada além daquele mar verdinho.. lindo.

Sem contar que para levar nossas malas até o ferry, tivemos a "ajuda" de um local que se aproveitou do nosso momento perdido para levar as malas e nos cobrar "tip".. rs!

Na chegada ao porto de Zanzibar nos deparamos com uma multidão de pessoas vestidas com roupas típicas, rostos abatidos, andando de um lado para outro.. homens descalços descarregando as bagagens do ferry, correndo com os carrinhos nas rampas que, por várias vezes, quase atropelavam as pessoas que estavam desembarcando.

Os locais só ficavam observando e procurando turistas para "ajudar" com as malas em troca de tips.. dessa vez negamos.. já tínhamos aprendido. rs!

Pegamos nossas malas, fizemos o controle dos passaportes e fomos de encontro ao transfer que já nos esperava com uma plaquinha com o sobrenome "Olivia".. eles adoram escrever assim.. rs!

No caminho observamos aquela cidade pela janela do carro.. a primeira impressão foi de uma cidade muito pobre, um povo sofrido, sem as condições básicas e mínimas para se ter uma vida confortável.

Eram casas de pedras, barro ou folhas de palmeira.. sem móveis nenhum dentro delas, muito simples.

Tiramos várias fotos da população, construções, comércios, transportes,...

O trajeto até o hotel foi de, mais ou menos, 1 hora.

Na chegada ao hotel, às 10 horas da manhã da segunda-feira (30/09), nos deparamos com outro mundo, uma "outra cidade"..

Um hotel maravilhoso onde fomos extremamente bem recebidos!

A visão da recepção era simplesmente deslumbrante: uma cascata gigante na entrada, vários passarinhos coloridos, diversos bangalôs espalhados a beira mar, uma piscina GIGANTE e um mar perfeito de fundo.. com aquela mistura de tons.. sem dúvida, um paraíso na Terra!

Que alívio! Estávamos na ilha vivos, são e salvos depois de umas 30 horas de viagem!

Deixamos as malas no quarto e fomos conhecer o hotel, nos informar sobre os passeios, as refeições, acesso a internet,..

Os funcionários do hotel foram simplesmente fantásticos em todos os momentos..

Sempre que cruzávamos com algum no caminho, nos olhavam e diziam "Jambo!".. mas ainda não sabíamos o que isso significava ou o que tínhamos que responder.. ficávamos no "Hello" mesmo.. rs!

Fomos até a praia e ficamos maravilhados com a cor daquele mar..

Simplesmente perfeito =)

Voltamos para o quarto e decidimos descansar, afinal estávamos ligados no 220 desde a manhã de sábado, o começo do casamento!

Dormimos até a hora do almoço e passamos a tarde toda na piscina do hotel.. uma delícia de tarde depois de um trajeto tão cansativo..

Claro! Não podia faltar a primeira cagada da viagem, né?

Passeando pelo hotel e tirando fotos, decidimos apoiar a câmera e usar o "timer", como sempre fazemos para tirar foto de nós dois juntos quando estamos sozinhos.. mas dessa vez o local escolhido para a máquina era arriscado.. e não deu outra.. ela despencou de uma altura de 5 metros com o zoom aberto..

Um momento trágico para quem estava no segundo dia de uma viagem de um mês.. perder a câmera logo agora seria uma tristeza sem fim.. mesmo porque não sei se encontraríamos outra para comprar naquela ilha tão pobre..

Ficamos paralisados.. torcendo para encontrar, no mínimo, o cartão de memória com as fotos que já tínhamos tirado..

Mais uma vez nossa energia fez dar tudo certo.. inacreditavelmente a máquina estava inteira, funcionando.. só um pouco torta e com certa dificuldade de fechar a proteção da lente.. rs! Mas com uma ajuda manual até que ia..

UFA!!! Tínhamos uma máquina fotográfica ainda =)

Fim de tarde decidimos ir para o bar superior da piscina experimentar as cervejas locais.. excelentes!!

A Kilimanjaro é a mais tradicional delas e certamente merece o prestígio.. quem diria que uma cerveja da Tanzânia seria uma delícia, né?

Mais uma boa surpresa! :D

Foi um fim de tarde delicioso.. com direito a boas cervejas, boas conversas, boa comapnhia e novos amigos! =)

  

A noite chegou e, com ela, nosso primeiro jantar nesse super resort.. como foi divertido!

A comida era maravilhosa e a quantidade de opções era absurda!!

Não poderia ser melhor!

Todas as noites eles tem alguma atração típica no jantar..

E dessa vez foi uma banda ao vivo com duas meninas dançando.. elas tinham um pano amarrado no quadril e rebolavam de um jeito que quase deixam as brasileiras para trás.. impressionante!

As fotos não ficaram muito boas no escuro.. mas dá pra ter uma idéia..

Foi umas 2 horas de show.. até que chamaram todos os hóspedes para participar da dança.. tinham mais ou menos umas 20 pessoas.. juntando com o pessoal do hotel, umas 30 pessoas na roda..

Fizemos dança de roda para brincar, como fazemos aí no Brasil também.. o Ti até gritou no meio "Olha a chuva!".. mas como ninguém fala português, só nós entendemos a piada e chegamos a chorar de tanto rir..

Enquanto estávamos rodando, indo e voltando do centro do círculo, estava normal para nós.. mas depois veio a surpresa.. as meninas fizeram primeiro para nos ensinar.. e depois iam de duplas fazer o tal do "Shake, shake, shake" lá no meio..

Tinha que segurar as duas mãos esticadas na frente, ficar um de frente para o outro.. eles contavam "3, 2, 1" e quando diziam "Shake, shake, shake.." tinha que rebolar o mais rápido que pudesse.. rs! DEMAIS DE ENGRAÇADO!

"Parecia que estávamos mexendo um caldeirão gigante e rebolando a bunda" - frase do Ti

Para nós brasileiros ainda era possível, mas aqueles gringos fazendo isso foi simplesmente inesquecível.. um show a parte!

>>> JANTAR DE BOAS VINDAS SIMPLESMENTE INESQUECÍVEL.. SENSACIONAL! <<<

Tudo do bom e do melhor.. pessoas, comidas, diversão, risadas!

Já se foram 2 dias.. e ainda tem muito mais!

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